quarta-feira, outubro 21, 2009

às voltas com a vida

Artur Vaz Oliveira


(...)
Presa à liberdade

Encontramos a Susana a ensaiar o seu número, suspensa num cabo e bem próxima do topo do chapitô. O aparato é uma estrutura metálica em forma de lágrima onde se fazem algumas exibições de contorcionismo.

Apesar de trabalhar nas alturas com as fitas e a corda, Susana mostra algum receio. Não tem muita prática neste número e o aparato, construído para uma pessoa de maior estatura, traz-lhe alguma insegurança. Esforça-se por ensaiar uma coreografia onde se sinta mais à vontade. "Mais logo, com a casa cheia, tudo será mais fácil, é o público que nos faz... e o trabalho... claro...!" É aplicada e exigente. O filho, Aníbal, com 4 anos, observa, atento, e pede-lhe que não caia.


A Susana é o Circo. São 34 anos de entrega a um amor seguro e, ainda que a razão, por instantes, a tenha empurrado por outros caminhos, confessa que é no palco “onde me sinto em casa. Mesmo com 40 graus de febre estou lá a picar o ponto, preciso das pessoas, dos aplausos. O Circo será sempre a minha vida”.

Perfeccionista, sente falta das pequenas "multas" aplicadas pela direcção do circo há uns anos atrás: "não se deve entrar em palco de uma forma descuidada... é imperdoável que alguém se apresente com uma meia rota ou um fato sujo!" (...)


Texto: Artur Vaz Oliveira/Natália Cardoso; Fotos: Artur Vaz Oliveira


ler o texto completo aqui.



(Nota: Quando "entrei" neste projecto já o Artur tinha feito um belo trabalho de campo do qual resultaram as fotos e as descrições do que viu e conversou com os artistas. A minha contribuição cingiu-se a alguns aspectos históricos sobre o circo.)

2 comentários:

Artur disse...

adoro qd me chamas Artur...
bj

natalie disse...

:)))
isto dos nomes e diminuitivos familiares tem que se lhe diga!

bj