quinta-feira, novembro 24, 2011

um dever desconhecido

A minha maneira de amar-te é simples:

aperto-te a mim
como se tivesse um pouco de justiça no coração
e ta pudesse dar com o corpo

Quando te revolvo os cabelos
algo de lindo nasce das minhas mãos

E não sei quase mais nada. Aspiro apenas
a estar contigo em paz e a estar em paz
com um dever desconhecido
que às vezes me pesa também no coração.


António Gamoneda
(encontrado aqui)

2 comentários:

Maria Ana disse...

Lindo!

Beijo grande.

natalie disse...

:)
é mesmo muito bonito.

beijinho