"Com um amargo sentimento mas no fundo muito aliviada, Rosa Schwarzer sente que voltou a sumir-se no cinzento desta vida, e sente-se bem, como se tivesse compreendido que afinal não sabemos - di-lo-ei com as palavras do poeta - se na realidade as coisas não são melhor assim: propositadamente escassas. Talvez sejam melhores assim: reais, vulgares, medíocres, profundamente estúpidas. Afinal, pensa Rosa Schwarzer, aquilo não era a minha vida."
Enrique Vila-Matas
in Suicídios Exemplares
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
domingo, fevereiro 25, 2007
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
terça-feira, fevereiro 13, 2007
Lusitânia
Os que avançam de frente para o mar
E nele enterram como uma aguda faca
A proa negra dos seus braços
Vivem de pouco pão e de luar.
sophia de mello breyner andresen
http://lugardaspalavras.no.sapo.pt/poesia/sophia.htm
E nele enterram como uma aguda faca
A proa negra dos seus braços
Vivem de pouco pão e de luar.
sophia de mello breyner andresen
http://lugardaspalavras.no.sapo.pt/poesia/sophia.htm
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
match point
fantásticas palavras, retiradas daqui: http://sempenisneminveja.weblog.com.pt/
(...)"Paixões inconvenientes. E quais o não são? Alimentadas por frémitos proibidos ou redentores - assumir a condição divina que miracule o outro, curando-lhe vícios e imperfeições. Arroubos de adrenalina desconjuntando corpo e mente. Não fora a curta duração, e aos apaixonados estariam limitadas as opções: enfrascarem-se em álcool e anestésicos, ou devolverem à terra o corpo e ao etéreo os espíritos sofredores. Chegado ao termo o estado de paixão, há mistura de alívio e nostalgia pelo que não chegou a ser – amor. Pelo meio, factos que nos distorcem, julgamos. Como gestação que nenhum dos responsáveis deseja. Egoísmo, clandestinidade, loucura. Por amor a outrem – desculpa mentirosa disfarçando a ferocidade do individualismo.
“Not everybody gets corrupted. You have to have a little faith in people.” - Mariel Hemingway, como Tracy, em Manhattan. Tudo dependendo do lado para onde cai o anel. Match Point. "
(...)"Paixões inconvenientes. E quais o não são? Alimentadas por frémitos proibidos ou redentores - assumir a condição divina que miracule o outro, curando-lhe vícios e imperfeições. Arroubos de adrenalina desconjuntando corpo e mente. Não fora a curta duração, e aos apaixonados estariam limitadas as opções: enfrascarem-se em álcool e anestésicos, ou devolverem à terra o corpo e ao etéreo os espíritos sofredores. Chegado ao termo o estado de paixão, há mistura de alívio e nostalgia pelo que não chegou a ser – amor. Pelo meio, factos que nos distorcem, julgamos. Como gestação que nenhum dos responsáveis deseja. Egoísmo, clandestinidade, loucura. Por amor a outrem – desculpa mentirosa disfarçando a ferocidade do individualismo.
“Not everybody gets corrupted. You have to have a little faith in people.” - Mariel Hemingway, como Tracy, em Manhattan. Tudo dependendo do lado para onde cai o anel. Match Point. "
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
domingo, fevereiro 04, 2007
poema
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
(para a Tânia que hoje nos ofereceu a sua sensibilidade)
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
(para a Tânia que hoje nos ofereceu a sua sensibilidade)
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
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