"Com um amargo sentimento mas no fundo muito aliviada, Rosa Schwarzer sente que voltou a sumir-se no cinzento desta vida, e sente-se bem, como se tivesse compreendido que afinal não sabemos - di-lo-ei com as palavras do poeta - se na realidade as coisas não são melhor assim: propositadamente escassas. Talvez sejam melhores assim: reais, vulgares, medíocres, profundamente estúpidas. Afinal, pensa Rosa Schwarzer, aquilo não era a minha vida."
Enrique Vila-Matas
in Suicídios Exemplares
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
domingo, fevereiro 25, 2007
que cantam os poetas
Qué cantan los poetas andaluces de ahora?
Qué miran los poetas andaluces de ahora?
Qué sienten los poetas andaluces de ahora?
Cantan con voz de hombre
pero, dónde los hombres?
Con ojos de hombre miran
pero, dónde los hombres?
Con pecho de hombre sienten
pero, dónde los hombres?
Cantan, y cuando cantan parece que están solos
Miran, y cuando miran parece que están solos
Sienten, y cuando sienten parece que están solos
Qué cantan los poetas, poetas andaluces de ahora?
Qué miran los poetas, poetas andaluces de ahora?
Qué sienten los poetas, poetas andaluces de ahora?
Y cuando cantan, parece que están solos
Y cuando miran , parece que están solos
Y cuando sienten, parece que están solos
Y cuando cantan, parece que están solos
Y cuando miran , parece que están solos
Y cuando sienten, parece que están solos
Pero, dónde los hombres?
Es que ya Andalucía se ha quedado sin nadie?
Es que acaso en los montes andaluces no hay nadie?
Que en los campos y mares andaluces no hay nadie?
No habrá ya quien responda a la voz del poeta,
Quien mire al corazón sin muro del poeta?
Tantas cosas han muerto, que no hay más que el poeta
Cantad alto, oireis que oyen otros oidos
Mirad alto, vereis que miran otros ojos
Latid alto, sabreis que palpita otra sangre
No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo encerrado
Su canto asciende a más profundo, cuando abierto en el aire
ya es de todos los hombres
Y ya tu canto es de todos los hombres
Y ya tu canto es de todos los hombres
Y ya tu canto es de todos los hombres
Y ya tu canto es de todos los hombres (bis)
Rafael Alberti
encontrado aqui:
http://www.pimentanegra.blogspot.com
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
terça-feira, fevereiro 13, 2007
Lusitânia
Os que avançam de frente para o mar
E nele enterram como uma aguda faca
A proa negra dos seus braços
Vivem de pouco pão e de luar.
sophia de mello breyner andresen
http://lugardaspalavras.no.sapo.pt/poesia/sophia.htm
E nele enterram como uma aguda faca
A proa negra dos seus braços
Vivem de pouco pão e de luar.
sophia de mello breyner andresen
http://lugardaspalavras.no.sapo.pt/poesia/sophia.htm
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
match point
fantásticas palavras, retiradas daqui: http://sempenisneminveja.weblog.com.pt/
(...)"Paixões inconvenientes. E quais o não são? Alimentadas por frémitos proibidos ou redentores - assumir a condição divina que miracule o outro, curando-lhe vícios e imperfeições. Arroubos de adrenalina desconjuntando corpo e mente. Não fora a curta duração, e aos apaixonados estariam limitadas as opções: enfrascarem-se em álcool e anestésicos, ou devolverem à terra o corpo e ao etéreo os espíritos sofredores. Chegado ao termo o estado de paixão, há mistura de alívio e nostalgia pelo que não chegou a ser – amor. Pelo meio, factos que nos distorcem, julgamos. Como gestação que nenhum dos responsáveis deseja. Egoísmo, clandestinidade, loucura. Por amor a outrem – desculpa mentirosa disfarçando a ferocidade do individualismo.
“Not everybody gets corrupted. You have to have a little faith in people.” - Mariel Hemingway, como Tracy, em Manhattan. Tudo dependendo do lado para onde cai o anel. Match Point. "
(...)"Paixões inconvenientes. E quais o não são? Alimentadas por frémitos proibidos ou redentores - assumir a condição divina que miracule o outro, curando-lhe vícios e imperfeições. Arroubos de adrenalina desconjuntando corpo e mente. Não fora a curta duração, e aos apaixonados estariam limitadas as opções: enfrascarem-se em álcool e anestésicos, ou devolverem à terra o corpo e ao etéreo os espíritos sofredores. Chegado ao termo o estado de paixão, há mistura de alívio e nostalgia pelo que não chegou a ser – amor. Pelo meio, factos que nos distorcem, julgamos. Como gestação que nenhum dos responsáveis deseja. Egoísmo, clandestinidade, loucura. Por amor a outrem – desculpa mentirosa disfarçando a ferocidade do individualismo.
“Not everybody gets corrupted. You have to have a little faith in people.” - Mariel Hemingway, como Tracy, em Manhattan. Tudo dependendo do lado para onde cai o anel. Match Point. "
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
50 ways to leave your lover
"The problem is all inside your head", she said to me
The answer is easy if you take it logically
I'd like to help you in your struggle to be free
There must be fifty ways to leave your lover
She said it's really not my habit to intrude
Furthermore, I hope my meaning won't be lost or misconstrued
But I'll repeat myself at the risk of being crude
There must be fifty ways to leave your lover
Fifty ways to leave your lover
You just slip out the back, Jack
Make a new plan, Stan
You don't need to be coy, Roy
Just get yourself free
Hop on the bus, Gus
You don't need to discuss much
Just drop off the key, Lee
And get yourself free
Ooo slip out the back, Jack
Make a new plan, Stan
You don't need to be coy, Roy
Just listen to me
Hop on the bus, Gus
You don't need to discuss much
Just drop off the key, Lee
And get yourself free
She said it grieves me so to see you in such pain
I wish there was something I could do to make you smile again
I said I appreciate that and would you please explain
About the fifty ways
She said why don't we both just sleep on it tonight
And I believe in the morning you'll begin to see the light
And then she kissed me and I realized she probably was right
There must be fifty ways to leave your lover
Fifty ways to leave your lover
You just slip out the back, Jack
Make a new plan, Stan
You don't need to be coy, Roy
Just get yourself free
Hop on the bus, Gus
You don't need to discuss much
Just drop off the key, Lee
And get yourself free
Slip out the back, Jack
Make a new plan, Stan
You don't need to be coy, Roy
Just listen to me
Hop on the bus, Gus
You don't need to discuss much
Just drop off the key, Lee
And get yourself free
Paul Simon
domingo, fevereiro 04, 2007
poema
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
(para a Tânia que hoje nos ofereceu a sua sensibilidade)
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
(para a Tânia que hoje nos ofereceu a sua sensibilidade)
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
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