"(...) a memória, consiste em não deixar fugir um objecto de que se teve experiência. Ela regista e acumula todas as experiências passadas. Essa memória é muitas vezes cristalizada: tudo o que vivemos, tudo o que está à nossa volta provoca o ressurgir da memória, do passado. Então, somos invadidos anarquicamente pelos pensamentos formulados pela memória. Ela impede-nos de ver a realidade e torna-nos seus escravos, assim como escravos do passado. As tensões que daí resultam engendram o nosso ego. A memória é a energia vital do ego. Ela é um vritti doloroso.
Não somos memória, somos consciência!
Quando estamos conscientes, existimos no presente, no presente eterno, na alegria, sem futuro nem passado, novos de instante a instante. Somos, então, livres da memória. Ela já não tem o poder de nos dominar, de nos arrastar automaticamente para os seus mecanismos. Somos capazes de a consultar, de a examinar e de rectificar as suas respostas, para que elas sejam totalmente objectivas e reflictam a realidade da experiência vivida. Nestas condições o vritti não é doloroso.
Como estabilizar esta consciência?"
Georges Stobbaerts
Reflexão sobre Yoga.
quinta-feira, novembro 24, 2011
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