"(...)Felizmente, sem aguardar resposta, contou de si própria, de como lhe pesam os trinta anos, a juventude que sente ter perdido, o negrume de certas horas, o pesadelo das noites sem esperança de companhia, o desespero de nem nos sonhos alheios, os dos muitos livros que lê, encontrar alívio.
Ouvi-a com paciência e ternura. Não aconselhei nem repreendi, tão-pouco disse que não se afligisse ou que no futuro há sempre uma aberta, raios de luz. Isso poderá ela descobrir um dia por si só, pois a consciência da perda é condição do resgate, é o painel a indicar o bom caminho.(...)"
J. Rentes de Carvalho, Tempo contado
sábado, outubro 08, 2011
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