terça-feira, outubro 11, 2011

guardo




(como num cofre que se não pode fechar de cheio)


guardo
no corpo, no corpo
os instantes subtis

o veludo do café
os olhos dos gatos
o vermelho das rosas
o som do mar
o interior de um figo
o movimento da gente que passa
a praia deserta
o silêncio das minhas mãos

abertas
para ti.

(Agosto, 2011)

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