quinta-feira, junho 30, 2011
espiral azul
Num líquido
Colchão atlântico
Adormeço,
E acordo com os odores
Do Ganges.
Numa espiral azul
A onda leva-me
A todos os lugares.
Ainda há sal na minha pele
Quando do barco alcanço
A margem.
O vendedor de incenso continua
Sentado na poeira do universo.
Idêntica à água
Regresso ao leito
Fresco e límpido
Do Atlântico.
Monte Gordo
Agosto - 2001
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