domingo, agosto 30, 2009
sexta-feira, agosto 28, 2009
22 segundos
de arte pela barbárie
http://www.youtube.com/watch?v=krP8z80zAnw
http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art425091,0.htm
mulher feia
- Tu não és feia.
- Qué no? Não me mintas. Ou - e ela teve uma das suas profundas gargalhadas - já estás enfeitiçado? Não. Estou a brincar. Olha para esta fealdade. Pois apesar disso temos nós um sentimento que cega um homem enquanto está apaixonado. Com esse sentimento cegamo-lo e cegamo-nos a nós mesmas. Mas lá vem um dia em que, sem razão nenhuma, o homem vê como a mulher é feia, feia como realmente é; e a mulher vê-se tão feia como o homem a vê e então perde o homem e também os tais sentimentos interiores. Compreendes, guapa? - E bateu no ombro da rapariga.
- Não - respondeu Maria, - porque tu não és feia.
- Procura usar a cabeça e não o coração e ouve, menina. Estou a dizer coisas muito interessantes. Isto não te interessa, Inglés?
- Sim, mas temos que partir.
- Qué va, partir. Estou aqui muito bem - e Pilar continuou dirigindo-se a Robert Jordan como se estivesse diante de um pequeno auditório ou como se falasse a alunos: - E então passado algum tempo, quando se é feia como eu, tão feia quanto uma mulher o pode ser, então, dizia eu, ao fim de um certo tempo, o sentimento, o sentimento idiota da beleza interna cresce novamente. Cresce como uma couve. E então, quando o sentimento está bem desenvolvido, aparece outro homem e acha a mulher bela e tudo recomeça. Agora creio que ultrapassei tudo isto, mas a coisa ainda pode voltar. Tu tens sorte, guapa, em não seres feia."
Ernest Hemingway, " Por quem os sinos dobram"
quinta-feira, agosto 27, 2009
terça-feira, agosto 25, 2009
desistir
"(...) Pode então haver um momento em que o mundo pára. A idade pára. É nesse instante que se pode pensar: nunca quis ser aquilo em que me tornei, quis sempre não ser aquilo em que me tornei. Com o mundo completamente parado, com a idade parada, não é difícil parar também e, rodeados de fragmentos: uma existência inteira feita de vidro estilhaçado e espalhado no chão: o mais natural é baixarmo-nos sobre os calcanhares, pousar os cotovelos sobre os joelhos dobrados e, com cuidado, esticar as mãos para, com a ponta dos dedos, se começar a escolher cada fragmento, distinguir o que se deve abandonar do que se deve manter. Desistir não é sempre mau. Há vezes em que não se pode evitar. Todos nos dizem continua, continua, mas é o mundo que desiste, inteiro, à nossa volta.
Uma única vida é pouco. Para se fazer aquilo que se sabe e se pode e se quer e se deve fazer é preciso deixar muitas outras coisas para trás. Essa é a conclusão a que se chega logo no fim da adolescência. Quando os números deixam de ser números. Trinta, quarenta, cinquenta anos. As gerações sucedem-se. Os degraus de uma escada rolante que desaparecem lá em cima enquanto subimos, subimos, olhamos para trás e ainda vemos o primeiro degrau, quase como quando tínhamos acabado de chegar e, no entanto, continuamos a subir e vemos já o fim. Os nossos avós mortos, os nossos pais mortos, nós, os nossos filhos, os nossos netos. E, se existir um horizonte, podemos olhá-lo e perceber finalmente que estamos parados no tempo e que o tempo, nesse presente definitivo, está parado dentro de nós. (...) "
José Luís Peixoto
(texto completo aqui)
segunda-feira, agosto 24, 2009
terça-feira, agosto 18, 2009
segunda-feira, agosto 17, 2009
o dos outros
(ilustração da Ana Oliveira )
por vezes gostava de ser mais emotiva, passional, fazer uma cena, ficar amuada.
mas não sou assim.
mudo de parágrafo, de página, de livro.
há tantas frases que quero, preciso escrever.
domingo, agosto 16, 2009
harvest moon
Come a little bit closer
Hear what I have to say
Just like children sleepin
We could dream this night away.
But theres a full moon risin
Lets go dancin in the light
We know where the musics playin
Lets go out and feel the night.
Because Im still in love with you
I want to see you dance again
Because Im still in love with you
On this harvest moon.
When we were strangers
I watched you from afar
When we were lovers
I loved you with all my heart.
But now its gettin late
And the moon is climbin high
I want to celebrate
See it shinin in your eye.
Because Im still in love with you
I want to see you dance again
Because Im still in love with you
On this harvest moon.
( se há coisas perfeitas, esta é uma. obrigada! )
sábado, agosto 08, 2009
my body is a cage
Arcade Fire - My Body Is A Cage - Arcade Fire
My body is a cage
That keeps me from dancing with the one I love
But my mind holds the key
I’m standing on the stage
Of fear and self-doubt
It’s a hollow play
But they’ll clap anyway
I’m living in an age
That calls darkness light
Though my language is dead
Still the shapes fill my head
I’m living in an age
Whose name I don’t know
Though the fear keeps me moving
Still my heart beats so slow
My body is a cage
We take what we’re given
Just because you’ve forgotten
Doesn’t mean you’re forgiven
I’m living in an age
Still turning in the night
But when I get to the doorway
There’s no one in sight
I’m living in an age
Realizing I’m dancing
With the one I love
But my mind holds the key
Still next to me
My mind holds the key
Set my spirit free
terça-feira, agosto 04, 2009
good morning!
(férias finalmente! s. pedro do sul, vila nova de cacela e fundão, é por onde vou estar nas próximas semanas.)