segunda-feira, janeiro 07, 2008
ramos
entrançado de ramos
ligações
nós
dentro e fora de mim
(numa árvore seca
crescerão as folhas?)
nem sempre o céu é azul
e brilhante
nem sempre um pássaro
nos ramos
decido
avanço
perco-me
demoro
pouso num ramo da memória
tangerinas
e a srª do mercado (edite, aurora, odete?)
sacos de plástico cheios de fruta
e pão fresco
o cheiro a farinha
papel de embrulho
grosso
o austin vermelho
a estrada de curvas e o nevoeiro
um galão para a professora
ao meio da manhã
a chuva e o vidro da janela rachado.
(um pedra atirada a chamar-nos da preguiça)
os sábados, sempre os sábados.
preciso da primavera.
(e de esperança)
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