RUBEK
(repete como num sonho) Uma noite de Verão nas montanhas. Contigo. Contigo. (os olhos de Rubek e Irene encontram-se:) Oh, Irene - a nossa vida podia ter sido assim! Foi isto o que deitámos fora, tu e eu.
IRENE
Só nos iremos aperceber do irreparavel quando... (Interrompe-se.)
RUBEK
Quando?
IRENE
Quando nós, os mortos, despertarmos.
RUBEK
(balança tristemente a cabeça) E aí veremos o quê?
IRENE
Veremos que nunca vivemos.
(Ela dirige-se até à colina e desce. A Diaconisa dá-lhe passagem e segue-a. Rubek fica sentado, imóvel, perto do rio.
MAJA
(ouve-se o seu canto alegre nas montanhas)
Estou livre, livre, livre,
Livrei-me da prisão!
Sou livre como um pássaro,
Livre, livre, livre!
Excerto do final do II Acto
"Quando nós, os mortos, despertarmos"
Henrik Ibsen
Ed. Cotovia.
sexta-feira, julho 07, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário