Sinto que a vida esqueceu-se de mim.
Um dia pensei que tinha o mundo nas minhas mãos, que podia ser e fazer o que quisesse, que tinha quase tudo para ser feliz.
O mundo avança para os outros. Para os outros que podem ter sonhos, que podem fazer planos, que podem pensar no futuro...
Vejo-me a andar para trás. Intelectualmente, profissionalmente e como pessoa.
Não sei quanto tempo tenho e como posso dispor dele.
Sinto-me inútil, perdida e sem rumo.
Eu não escolhi nada disto.
Queria os horários apertados, as rotinas monótonas, os dias cheios e sem tempo para mim.
Escolhi um caminho que me privou do afecto básico que pensei ser imutável e garantido mas que me restituiu a paz, a tranquilidade, a liberdade e o amor que queria para mim.
Mas caramba, se me falha a minha mãe pode falhar tudo, não é?
Não preciso de nada.
Só me queria de volta.
Desculpa.
Beijo.
(eu ouvi-te)
Nota: este texto não foi escrito por mim, mas para mim.
quinta-feira, julho 20, 2006
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