Jardim Constantino, Lisboa
E de repente, ao tomar uma cerveja no quiosque do Jardim Constantino em Lisboa, lembrei-me da "minha" Barcelona, e de um jardim parecido onde tomámos "cañas".
Lembrei-me que, em 2010, Barcelona me fez lembrar Lisboa: as andorinhas, as varandas floridas, o manjerico na mesa da sala, os barcos (o Mediterrâneo não é o Tejo, mas todas as cidades portuárias se parecem) e até uma certa nostalgia nas pessoas que conheci.
E agora, em Lisboa, regressa uma parte dessa Barcelona, neste fim de tarde ameno no jardim, os velhos na conversa, um grupo de jovens músicos a descansar, um grupo de imigrantes numa mesa, um transsexual brasileiro, um ou dois sem abrigo a deambular, os carros sempre a passar.
Lembrei-me que, em 2010, Barcelona me fez lembrar Lisboa: as andorinhas, as varandas floridas, o manjerico na mesa da sala, os barcos (o Mediterrâneo não é o Tejo, mas todas as cidades portuárias se parecem) e até uma certa nostalgia nas pessoas que conheci.
E agora, em Lisboa, regressa uma parte dessa Barcelona, neste fim de tarde ameno no jardim, os velhos na conversa, um grupo de jovens músicos a descansar, um grupo de imigrantes numa mesa, um transsexual brasileiro, um ou dois sem abrigo a deambular, os carros sempre a passar.
Depois, as mercearias abertas até tarde, com os expositores de frutas na rua, e incenso a perfumar o início de noite; empregados de café em conversa com clientes, uma loja com uma mulher a passar a ferro; na rua casais de velhotes, rapazes a passear os cães, adolescentes a comer gelados, empregados de loja atentos.
As mesmas árvores e a mesma estranha calma. Aliás, Lisboa pareceu-me, desta vez, estranhamente calma e as pessoas estranhamente delicadas.
Em muitas das pessoas com quem cruzei o olhar, ou que vi de passagem, senti algo de pungente, de trágico e ao mesmo tempo belo.
Como se se tornasse visível a imensa teia onde estamos todos entrelaçados, e os impossíveis equilíbrios que temos de experimentar para nos mantermos à tona num mundo que se afunda.
Apeteceu-me conhece-las, ou pelo menos conseguir fotografá-las naquele preciso instante em que toda a sua história se revela num olhar, num movimento, num gesto, num pensamento perceptível apenas aos mais atentos.
As mesmas árvores e a mesma estranha calma. Aliás, Lisboa pareceu-me, desta vez, estranhamente calma e as pessoas estranhamente delicadas.
Em muitas das pessoas com quem cruzei o olhar, ou que vi de passagem, senti algo de pungente, de trágico e ao mesmo tempo belo.
Como se se tornasse visível a imensa teia onde estamos todos entrelaçados, e os impossíveis equilíbrios que temos de experimentar para nos mantermos à tona num mundo que se afunda.
Apeteceu-me conhece-las, ou pelo menos conseguir fotografá-las naquele preciso instante em que toda a sua história se revela num olhar, num movimento, num gesto, num pensamento perceptível apenas aos mais atentos.
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