"Deitava-se de costas e de luz acesa permanecia largos minutos, com as duas mãos em cima da barriga, como se esperasse por milagre uma morte repentina que a acordasse. Olhava o tecto, o candeeiro mal preso, e o papel de parede velho e escuro que diminuía o quarto. Todas as noites via o mesmo antes de fechar os olhos. Tinha sempre o mesmo sonho desde que ele morrera.
Sonhava que andavam os dois no primeiro carro dele, verde escuro e de assentos cremes, em silêncio e a sorrir, enquanto passavam por uma estrada adornada de salgueiros de ambos os lados. Em linha recta seguiam sem trocar uma palavra e restava-lhes tão somente o conforto de se amarem sem pressa. Entardecia e ao longe avistam uma casa amarela, com um portão enferrujado e vegetação densa."
ler tudo aqui: R.L., Asinhas de Frango
quinta-feira, março 31, 2011
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