"Todos os pensamentos, todas as palavras existem antes de serem pensados, pronunciadas. Surgem das imagens e estas surgem das alterações de luz. O que são as coisas que vemos senão a luz que cabe nelas? Mudando a luz, entre o escuro e o claro, entramos nesse universo primordial ondem moram os pequenos guardiões do inconsciente. Se batermos à sua porta, eles dizem-nos o que precisamos ouvir, mostram-nos o que devemos ver. Mas só nesse minuto em que as luzes passam do escuro para o claro, ou ao contrário."
(11-11-2002)
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
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6 comentários:
precisava mesmo de ouvir isto.
Ontem, assim sem mais nem menos, sem bater a nenhuma porta, vi qq coisa entre o escuro e o claro. Acho que, nestes últimos tempos, os guardiões sempre estiveram ali, a falar. E eu, com a pressa que costumo ter - para regressar outra e outra vez para trás - dei-lhes sempre pouca atenção.
Olha, o teu "fade out" está perfeito. Tão focado que me deixa preocupado essa tua capacidade de observação, pois deve acabar por ser um sofrimento.
(só não gostei de o ver escrito mesmo depois de estar contigo. Fosga-se, não te pergunto mais nada:-)
pois, corri esse risco, ao falar sobre perguntas, que relacionasses com a nossa conversa.
porque tu fazes perguntas, muitas! :) deve ter a ver com um bichinho de jornalista, uma curiosidade e necessidade de encontrar um contorno claro e definido para tudo com que te relacionas.
mas apanhaste-me numa fase complicada, as tuas perguntas foram completamente normais e nada invasivas ;)
eu é que não consigo suportar que me perguntem nada...
preciso de 5 dias de silêncio para conseguir escutar e apreciar uma boa conversa.
bjs
Deixo-te uma sugestão para as tuas férias:
Livro Das Perguntas, de Pablo Neruda
"Se se acabar o amarelo
com que é que vamos fazer o pão?"
(não procures responder a tudo. às vezes não vale a pena.)
bj
http://www.youtube.com/watch?v=GKTsWjbjQ8E&feature=player_embedded
eu não procuro responder a nada. eu TENHO de responder a perguntas que me fazem, that's my job...
mesmo que responda com uma pergunta ou uma reformulação ou um silêncio, há sempre uma resposta que tenho de dar. e é isso que cansa.
bj
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