Un tiempo fui una chica con futuro.
Podía leer a Horacio y a Virgilio en latín
y recitar a Keats completo de memoria.
Al entrar en sus cuevas, los adultos
me capturaron: comencé a parir
hijos de un hombre estúpido y creído.
Ahora cuando puedo lleno el vaso
y lloro al recordar algún verso de Keats.
Una no sabe, cuando es joven,
que no hay lugar alguno
donde poder quedarse para siempre.
Y le parece extraño si no llega
aquel o aquella en quien hallar descanso.
Una ignora, de joven, que los principios
no se parecen nunca a los finales.
Joan Margarit
quarta-feira, janeiro 13, 2010
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3 comentários:
Vi uma entrevista na TV bem interessante com este poeta. Quase que fiquei a entender o que é um poeta. Falou tb sobre a dor; sobre como o esquecimento dessa mesma dor é a única forma de continuarmos a viver. Garantiu que tudo acaba por ser esquecido e eu acredito. Fiquei com vontade de o ler. Não conhecia.
bj
esqueci-me de dizer que a tua escolha é perfeita. é lindo o poema.
pois, eu também não conhecia e vi a mesma entrevista que tu! como gostei muito do que o senhor disse, fui à procura e encontrei o site dele.
Este foi um dos poemas que achei mais interessante.
A descrição que ele fez sobre como o leitor recebe o poema, tendo o corpo como instrumento de interpretação, é muito semelhante ao que um actor faz com um texto.
Só que o actor, depois, "faz" o texto, transforma-o em acção (mesmo que esteja estático, deve estar internamente em acção); mas o processo é o mesmo.
(já estou a ler o "adivinho", é ainda melhor do que esperava, obrigada pela sugestão!)
bj
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