Tinha um cravo no meu balcão;
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
só não dei o coração;
mas se o rapaz mo pedir
- mãe, dou-lho ou não?
Eugénio de Andrade
quarta-feira, janeiro 17, 2007
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2 comentários:
Claro! Um coração bem entregue é sempre doce. Há quem entregue até os sonhos...
(Vi o filme - na RTP - 10, de Abbas Kiarostami. Muito interessante. Nunca tinha visto nada dele.)
Beijos
quando puderes vê "o sabor da cereja" e "o vento levar-nos-há". são muito bons! bjos
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