terça-feira, julho 31, 2007

road to nowhere



(bem alembrado!, o que interessa é que estamos a caminho!)


PS: tinha esquecido que gostava muito dos talking heads

sexta-feira, julho 27, 2007

volver

free music



(Estrella Morente)



Yo adivino el parpadeo
de las luces que a lo lejos
van marcando mi retorno.

Son las mismas que alumbraron
con sus plidos reflejos
hondas horas de dolor.

Y aunque no quise el regreso
siempre se vuelve
al primer amor.

La vieja calle
donde me cobijo
tuya es su vida
tuyo es su querer.

Bajo el burln
mirar de las estrellas
que con indiferencia
hoy me ven volver.

Volver
con la frente marchita
las nieves del tiempo
platearon mi sien.

Sentir
que es un soplo la vida
que veinte aos no es nada
que febril la mirada
errante en las sombras
te busca y te nombra.

Vivir
con el alma aferrada
a un dulce recuerdo
que lloro otra vez.

Tengo miedo del encuentro
con el pasado que vuelve
a enfrentarse con mi vida.

Tengo miedo de las noches
que pobladas de recuerdos
encadenen mi soar.

Pero el viajero que huye
tarde o temprano
detiene su andar.

Y aunque el olvido
que todo destruye
haya matado mi vieja ilusin,

guardo escondida
una esperanza humilde
que es toda la fortuna
de mi corazn.

Volver
con la frente marchita
las nieves del tiempo
platearon mi sien.

Sentir
que es un soplo la vida
que veinte aos no es nada
que febril la mirada
errante en las sombras
te busca y te nombra.

Vivir
con el alma aferrada
a un dulce recuerdo
que lloro otra vez.


free music




(Carlos Gardel)

domingo, julho 22, 2007

encontro

"o teatro é a arte do encontro"
peter brook

em campo benfeito o encontro e o teatro aconteceram.
obrigada!




aldeia de campo benfeito, teatro regional da serra de montemuro + núcleo de intervenção comunitária de castro d'aire

sexta-feira, julho 13, 2007

"Devemos compreender uma coisa. Só nos temos a nós mesmos - este Mundo, com as suas leis, não nos dá mais nada. Não deixaremos nada para trás quando morrermos: nada para além da nossa memória".


"Sizwe Banzi Morreu", de Athol Fugard

(Encenação de Peter Brook, no Festival de Almada 2007)

segunda-feira, julho 09, 2007

lingerie

o homem da retrosaria, dedos finos, já enrrugados, abre com calma a caixa, afasta o papel vegetal que envolve a delicada peça de lingerie, que agora segura entre os dedos, para melhor a mostrar à cliente. a cliente olha os dedos do homem, na transparência da lingerie. o homem olha os seus próprios dedos, na transparência da lingerie. os dedos do homem. a lingerie. a pele. o corpo dela. por segundos, tudo uma só coisa. na imaginação. lá fora, os ruídos da tarde que corre, automóveis, risos de crianças, zangas de velhas. lá dentro o cheiro de um tempo que já não existe. a cliente acaricia com as mãos a madeira polida do balcão. o homem: então? e ela: vou levar. e antes de sair para a luz da tarde, ela volta-se, olha o homem da retrosaria. ele acaricia a madeira polida do balcão. ela sorri.

terça-feira, julho 03, 2007